A balança comercial entre Brasil e Camarões é amplamente favorável aos exportadores brasileiros e este resultado positivo pode se expandir ainda mais, já que a nação africana tem enorme interesse em adquirir nossos bens manufaturados, além de atrair para o seu território empresas brasileiras oferecendo vantagens competitivas, como baixa tributação, transferência livre de receitas e código trabalhista flexível.
Estes são os principais objetivos do grupo de representantes do governo e de empresários africanos que estiveram recente-mente em visita na Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
No primeiro semestre deste ano, o Brasil exportou para Camarões US$ 40,7 milhões e importou do país US$ 2,3 milhões – transações que geraram superávit favorável aos brasileiros de US$ 38,4 milhões, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Saldos positivos do Brasil em relação a Camarões são registrados desde 1998.
Diante destas cifras, os representantes do governo e de empresas de Camarões consideram que a troca de informações é fundamental para explorar campos de interesse comum entre os dois mercados.
Marthe-Angeline Minja, diretora geral da Agência de Promoção de Investimentos do país africano, ressaltou que a sua localização geográfica é uma vantagem para empresas e governos interessados em ampliar suas relações comerciais com mais nações da África, já que ele faz fronteira com a Nigéria, Chade, Congo, República Centro Africana, Gabão e Guiné Equatorial.
Além da posição favorável, outras vantagens oferecidas aos investidores estrangeiros por Camarões são a agilidade e a ausência de empecilhos burocráticos. Minja destacou que “uma empresa pode se instalar em seu território em apenas três dias e seu código de investimentos é avançado”, pois não impede a transferência de lucros e receitas.
Além disso, o Congresso de Camarões está votando leis que se propõe a incentivar o comércio exterior e também reduzir os principais impostos que incidem sobre as transações internacionais.